19 research outputs found
Tonalidades e sonoridades portuguesas em“Unholy ghosts” de Richard Zimler
O presente artigo sugere que as representações de Portugal na obra norte-americana Unholy Ghosts de Richard Zimler são filtradas pelas temáticas inerentes ao contexto ficcional presente, isto é, aos Gay Studies e à linguagem adolescente
Português europeu e mundial na tradução e interpretação: um presente do passado para o futuro
A língua portuguesa é uma das línguas mais faladas a nível mundial em termos de número de falantes nativos, se tivermos em consideração todas as Nações cuja língua oficial é o Português e as Comunidades Lusas espalhadas pelo mundo. Há muitas traduções e interpretações para a nossa língua, tendo em conta todas as instituições e organizações internacionais em que o Português é uma língua oficial ou, pelo menos, uma língua de trabalho.
Baseada na experiência de formadora de tradutores e intérpretes durante sete anos em Portugal e na minha própria experiência enquanto intérprete nas Instituições Europeias, bem como com base na leitura atenta de autores interessados no Multiculturalismo e a importância do Português na Europa e no Mundo, chamo a atenção para algumas das problemáticas daí decorrentes, como por exemplo a importância do Português como lingua franca e como ponte de ligação entre culturas.
Partilho algumas preocupações quanto à formação de tradutores e intérpretes cuja língua materna é o Português ou, pelo menos, que têm Português na sua combinação linguística. Algumas estratégias relativas ao treino desses "mediadores linguísticos de culturas" são apontadas, assim como os desafios europeus e mundiais que se colocam ao ensino da tradução e particularmente da interpretação
Katherine Vaz em Tradução: “Fado e Outras Histórias” como recuperação da memória açoriana
Katherine Vaz é uma representante viva da essência do ser e da identidade
Luso-Americana. “Fado and Other Stories” demonstram como os usos e os costumes
açorianos sobrevivem no imaginário colectivo de um grupo étnico nos Estados Unidos
da América do Norte (E. U. A.). Em tempos defendi a ideia de “cristalização no tempo e
no espaço” de características nacionais no terreno da diáspora; gostaria de rever esse
conceito, passando a apresentá-lo como uma reconstrução da memória no tempo e no
espaço longínquos. Trata-se de reescrever uma realidade com o filtro da distanciação
no tempo e no espaço: a estória que se conta não é exatamente a sua, mas a dos
bisavós; a estória que se conta não é exatamente a sua, mas é passada num Nãolugar,
que é a Mátria – e é precisamente por ter essa distanciação que se torna sua,
porque é uma estória elevada a história e é a sua compilação que forma a História dos
Açorianos nos EUA.
Além do aflorar das preocupações com a Atemporalidade e a Distopia, serão
tecidas considerações sobre a necessidade imperiosa de traduzir a literatura portuguesa
para inglês e de recuperar leitores portugueses para a literatura que é escrita sobre
eles noutras línguas, tomando Katherine Vaz como um exemplo. As metáforas da
tradução como porta e como ponte ilustrarão aspectos como a (in)visibilidade do
Tradutor, a noção de co-autoria por parte do Tradutor, a dimensão universalizante da
obra antes e depois de ser traduzida, a técnica da tradução, os canais transmissores
das traduções (as casas editoras) e os estudos da receção da obra traduzida por parte
do público consumidor de literatura
Recollections of a conference interpreter: a brief encounter with the European Parliament
Polissema: Revista de Letras do ISCAP 2001/N.º 1- TraduçãoAlthough I believe that a theoretical discussion on consecutive and simultaneous interpretation is as
valuable as any academic problematical exchange of ideas can be, it is not the purpose of this article. I
agree that it is necessary to reach a definition of consecutive and simultaneous interpretation if we are to
understand the language used in this essay. By “consecutive”, it is indisputably accepted by the majority of
theorists that we understand that there is a speaker who delivers a speech during, let us set as an example,
three to ten minutes, and immediately after an interruption, the interpreter will render the same speech in
the target language; in “simultaneous interpretation”, there are two speakers: speaker one is delivering a
speech which is only understandable to another speaker – the interpreter – who is addressing a much wider
audience by means of a microphone in a booth and headphones worn by the listeners of speaker one. It is
more frequent in simultaneous than in consecutive interpretation that the interpreter is a native speaker of
the target language
Richard Zimler e a auto-identificação: o papel do tradutor na construção da consciência do ser
A definição do ser baseia-se na memória da herança das gerações passadas. Quando se fala de herança cultural de um grupo étnico específico, a tradução do ser pode identificar-se com a continuação de tradições passadas, tendo em vista um futuro melhor.
A psicologia da memória coletiva no processo de auto identificação está relacionada com a preservação de características etnológicas, sociológicas e antropológicas que apontam para as tradições do grupo.
Baseada na análise da tradução de “O Último Cabalista de Lisboa”, cujo original foi escrito por Richard Zimler que é proposta para esta abordagem, tentar-se-á sublinhar a importância dos estudos da tradução para clarificar a necessidade de auto identificação baseada na memória e na expressão.
A metáfora da tradução enquanto porta e do tradutor como uma ponte são conceitos chave no processo de tradução. Ambos podem ser a prova do papel fundamental do tradutor. A (in)visibilidade do tradutor, enquanto autor de uma obra de arte, será focada como uma característica ilustrativa que pode ser (ou não) reveladora da auto identificação, tanto do autor, como do tradutor enquanto autor.
Será que o tradutor é a definição da auto identificação do autor? Será que a identificação da obra de arte é pertinente no contexto histórico-literário, na era contemporânea? Será que Richard Zimler é um bom exemplo da identificação de um grupo minoritário? Será que “The Last Cabbalist of Lisbon” é um retrato de tradições étnicas convertido em prosa? Será que a reação do público leitor e dos críticos é responsável pela imagem auto definida/auto definidora da identificação do autor e da obra de arte?
Estes e outros aspetos relacionados serão abordados através de uma análise comparativa da tradução com o original, para ilustrar o princípio da necessidade da auto identificação baseada na identificação do grupo
Supporting leadership development by exposure to role models: two case studies
The idiomatic expression “In Rome be a Roman” can be applied to leadership training and development as well. Leaders who can act as role models inspire other future leaders in their behaviour, attitudes and ways of thinking. Based on two examples of current leaders in the fields of Politics and Public Administration, I support the idea that exposure to role models during their training was decisive for their career paths and current activities as prominent characters in their profession. Issues such as how students should be prepared for community or national leadership as well as cross-cultural engagement are raised here. The hypothesis of transculturalism and cross-cultural commitment as a factor of leadership is presented. Based on current literature on Leadership as well as the presented case studies, I expect to raise a debate focusing on strategies for improving leaders’ training in their cross-cultural awareness
Sobrevoando a ilha mátria de Natália Correia: um panorãmica
A presente comunicação pretende destacar uma Mulher de Letras Açoriana que se evidenciou nas atividades políticas nacionais, tendo sido deputada à Assembleia da República eleita em 1980. Natália Correia nasceu em São Miguel, no ano de 1923, e é autora do poema do Hino dos Açores. Além da sua vertente de mulher e cidadã empenhada a nível político, Natália Correia distinguiu-se no plano literário, tendo sido poeta, dramaturga, romancista e ensaísta. Enquanto organizadora de antologias poéticas, publicou sete, segundo a História Universal da Literatura Portuguesa, sendo a sua primeira datada de 1966. A Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica foi apreendida e julgada em Tribunal Plenário como “ofensiva do pudor geral, da decência e da moralidade pública e dos bons costumes”, mas à qual foi, no entanto, “reconhecido o mérito literário”, segundo os autos do processo terminado em 1970. A Antologia foi reeditada postumamente pela editora Antígona. Natália Correia foi de novo processada por responsabilidade editorial das Novas Cartas Portuguesas de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta.
Foi também autora dos programas televisivos Este Lugar Onde e Mátria na RTP, vindo a desenvolver mais tarde o conceito de “Frátria”. De caráter eminentemente descritivo, este artigo pretende destacar a biobibliografia de uma mulher açoriana notável no campo das letras, segundo uma panorâmica factual, desejando-se destacar a autora como feminista e como livre pensadora
Fernão, mentes? – Sinto!: ecos d'a peregrinação na viagem como aprendizagem em Richard Zimler
12-15 abril 2011 no IPMOs relatos fantásticos d’ “A Peregrinação” na Ásia formaram uma escola de pensamento
filosófico no imaginário europeu e, por extensão, no norte-americano.
A partir de um relato de viagem, Fernão Mendes Pinto conseguiu acordar as
consciências para novos saberes, novas nomenclaturas, novas mundividências. De que forma é
que “A Peregrinação” se pode ver como responsável pelo conceito da errância na diáspora dos
dias de hoje? Quais os contornos que a viagem como aprendizagem tomou com o contributo de
Fernão Mendes Pinto? De que forma algumas escolas literárias foram influenciadas pelas
características d’ “A Peregrinação”? Em particular, qual a influência de Fernão Mendes Pinto na
obra “Unholy Ghosts” de Richard Zimler?
Através da análise desta obra do autor norte-americano com passaporte português,
procurar-se-á trazer um contributo para os conceitos da Viagem como aprendizagem individual e
coletiva e de como esse conceito se reflete na obra “Unholy Ghosts”.Presidência do Governo Regional dos
Açores / Direção Regional das Comunidades
E Câmara Municipal da Lagoa, AçoresInstituto Politécnico de Maca
As 11 Ilhas do Espírito Santo: culto e manifestações etnográficas e multiculturais
Com a preocupação de esclarecer o significado étnico-religioso do culto ligado ao Espírito
Santo, este trabalho de caráter predominantemente informativo referirá os inícios do culto do
Espírito Santo em Portugal, preocupar-se-á com a Festa dos Tabuleiros em Tomar, com os Impérios
do Espírito Santo Açorianos, com equivalentes Cultos de Fertilidade Africanos nas eras Pré Cristãs
e com o transporte africano desses cultos para o Brasil influenciados por Portugal.
O culto ao Espírito Santo, em Portugal, remonta ao século XIII, tendo tido, segundo reza a
tradição popular e cristã, as suas origens no Milagre das Rosas. A criação de festividades para
celebrar e agradecer ao Espírito Santo as dádivas de vida e proteção seguiram-se-lhe, dando origem
a importantes Festas em várias cidades, nomeadamente na cidade dos Templários, a histórica e
antiga Nabância, atualmente denominada Tomar, assim como em Santa Maria da Feira, por
exemplo.
Este estudo pretende relatar como, e por que razão, apareceu a Festa dos Tabuleiros, em
Tomar, muito célebre pelas oferendas ao Espírito Santo e pelo seu colorido inclusivamente de
caráter profano-religioso. Ver-se-á até que ponto influenciou as festas do Espírito Santo nos Açores.
A tão afamada Festa dos Impérios do Espírito Santo naquelas ilhas poderá ter sido levada até elas,
diretamente do continente pelos migrantes continentais que se misturaram com os Flamengos e
Francófonos no povoamento da Ilha de São Miguel.
O capítulo dos Cultos de Fertilidade Africanos de origem pagã são, a nosso ver, o
equivalente nas eras Pré Cristãs ao culto do Espírito Santo. Tentar-se-á igualmente explicar e
analisar se as tradições portuguesas continentais e dos ilhéus chegaram ao Brasil durante a
cristianização das terras de Vera Cruz, misturando-se posteriormente com cultos Africanos.
De Portugal ao Brasil, indo pelas 9 ilhas dos Açores e, passando por Terras de África com
seus os equivalentes cultos à fertilidade, tentar-se-á fazer uma ponte de ligação multicultural entre
os diversos continentes no que toca às suas tradições e festividades tanto religiosas como pagãs
New tendencies on intercultural communication
18th SPACE Annual Conference
and EURASHE-SEPHE Seminar
21-24 March 2007
Thursday 22 March 2007Europe counts on Intercultural Communication to survive under better conditions. Since May 2004, we have been watching a cultural amalgam increase significantly with the entrance of the ten new countries in the European Union; and in 2007, with the enlargement to Bulgaria and Romania, we see this evolution at its prime. Never have we assisted to such an increase of contacts among European Nations and the phenomenon of acculturation is developing under new forms. Learning and teaching languages under these conditions is becoming more and more essential, so that a healthy coexistence among all European peoples can occur. This paper is based on the belief that there is a tendency to what we might call a “European identity and culture with the Generation E”. When we come to think about Intercultural Communication, we have to focus on subject matters such as different cultures connections. Questions such as how a culture can survive without interpenetration of other cultures or intermixing of different cultural traits and the role that learning and teaching a L2, L3 or even a L4 can have in the new tendencies of Intercultural Communication are raised here